quarta-feira, 3 de março de 2010

Crianças



Quando somos crianças tudo é festa: a borboleta no quintal, o cachorro do vizinho, aquela música engraçada, a tarde ensolarada.

Quando somos crianças erramos, teimamos, brigamos, mas tudo sempre de brincadeira, e sempre há perdão. Por que na verdade não há o que perdoar.


Afinal de contas, somos apenas Crianças...


Quando nos machucamos, vem desespero de mãe, de pai, até de avó.
Não tem burburinho sobre nossas atitudes.
Não há julgamento, apenas uma mesinha ao lado da nossa cama cheia de presentes.

Até queremos ficar doentes, para usufruir de tanta regalia. Por isso, nós Crianças somos bobas, cheias de alegria, e a atenção estará sempre voltada para nós, mesmo à força, contra uma luz de independência que em nossos corpinhos irradia.

Assim, as areias do tempo descem quase sem velocidade.
Para nossas mães que nunca admitem a nossa idade.


Afinal de contas, somos ‘eternas’ Crianças.


E nos entregamos de verdade, ao sabor do vento, às emoções.
Choramos sem parar, gargalhamos sem parar, amamos sem parar e sem por que amar, e sem saber o que é amor.


Nem dor... Mas somos Crianças, e em nossos corações não há temor.


E quando somos adultos?

Quase nada podemos pensar sem nos preocupar.
Não temos mais a serenidade para falar sem julgar.
As vezes nos esquecemos até de amar.


E esperamos o velho tempo,
Ocupamos-nos de obrigações infindáveis com que intento?

Não entendo,
Mas sempre existirá esperança,
Afinal de contas...Em algum lugar ainda somos Crianças...

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Para quem gosta de 'canções curiosas':


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